07/02/2011

Historia da CB400

Lançada em um tempo de pequenas 125 e 180, a Honda CB 400 evoluiu para 450 e manteve admiradores por 14 anos
Tinha um porte imponente e linhas bem desenhadas, com pára-lama dianteiro, escapamentos e retrovisores cromados, banco em dois níveis, amplo tanque de combustível (17 litros) e rodas Comstar, com cinco raios de aço e aro de duralumínio. O guidão baixo impunha uma posição esportiva, embora causasse desconforto no uso com garupa. Retirado o banco, viam-se as ferramentas e uma caixa para documentos.




A primeira CB 400, em 1980: linhas modernas e imponentes, ciclística eficiente e um rodar confortável, apesar do guidão baixo

O quadro era do tipo Diamond, com o motor fazendo parte da estrutura. A roda dianteira grande, de 19 pol, não a tornava tão ágil e maneável, mas contribuía para o efeito giroscópico (que mantém a moto na vertical quando em movimento) e para amenizar os impactos dos pisos irregulares, tão comuns no Brasil. A suspensão traseira era convencional, com duas molas de constante variável, que se tornavam mais duras no final do curso e dispunham de cinco regulagens de prato. O freio dianteiro utilizava um disco simples, sendo o traseiro a tambor.
A Honda estava certa ao destacar o motor em sua publicidade: além de silencioso, trazia a inovação das três válvulas por cilindro e desenvolvia 40 cv de potência, para um desempenho muito acima das outras nacionais

Onde a CB mostrava-se referência era no desempenho. O motor de dois cilindros paralelos a quatro tempos, com refrigeração a ar e dois carburadores de 32 mm, trazia a novidade das três válvulas por cilindro, duas para admissão e uma para escapamento. O comando de válvulas era único, acionado por corrente, e havia duas árvores de balanceamento para anular vibrações, que cumpriam muito bem seu papel.

Sua potência, 40 cv a 9.500 rpm, superava em mais de 100% as pequenas motos que o mercado oferecia na época. Com torque máximo de 3,2 m.kgf a 8.000 rpm, o desempenho atendia bem a qualquer necessidade: velocidade máxima próxima a 160 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em cerca de 7 s.

Texto: Fabrício Samahá
Fotos: divulgação




Ficha técnica CB 400 (1980)
MOTOR
Cilindros
2 paralelos, 4 tempos
Comando e válvulas por cilindro
no cabeçote, 3
(2 de admissão, 1 de escapamento)
Refrigeração / partida
a ar / elétrica
Diâmetro e curso
70,5 x 50,6 mm
Cilindrada
395 cm3
Taxa de compressão
9,3:1
Potência máxima
40 cv a 9.500 rpm
Torque máximo
3,2 m.kgf a 8.000 rpm
Alimentação
2 carburadores de 32 mm
CÂMBIO
Marchas
6 / transmissão por corrente
FREIOS
Dianteiros
a disco
Traseiros
a tambor
CICLÍSTICA
Quadro
Diamond, motor estrutural, de aço
Suspensão dianteira/traseira
telescópica / duas molas
Pneu dianteiro/traseiro
3,60 S 19 / 4,10 S 18
DIMENSÕES
Comprimento
2,095 m
Largura
730 mm
Entreeixos
1,395 m
Altura do banco
795 mm
Capacidade do tanque
17 l
Peso
ND
DESEMPENHO
Velocidade máxima
160 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h
7 s



Um comentário:

  1. Essa máquina era (e é)fantástica, tive uma CB 400 II zero, quando tinha 18 anos. Ela me deu muita alegria. Moto espetacular. Hoje ando com motos de 1.000 cc, mas a CB ainda deixa saudade.

    ResponderExcluir